Revolução e Feminismo

Em um país, que vive as vésperas da perca de sua principal lei; uma série de rostos famosos, principalmente da mídia de direita, coloca em pauta, de forma aberta e explicita, seu posicionamento quanto a questão do movimento feminista.

Se tornou um grande problema, qualquer tipo de símbolo, que forneça o mínimo de dignidade à imagem feminina. Isso se torna evidente, quando até mesmo filmes, passam por essa lavagem cerebral, imposta por pessoas contrárias ao movimento; sendo assim, até Barbie, se tornou movimento de perseguição, por parte de liberais.

Com as falas "O voto, foi um presente masculino" e "No meu tempo isso não existia", se torna descabido, ver sentido em tentativas de debate. Mesmo que pareça difícil acreditar, o movimento feminista é tão antigo, quanto qualquer tipo de patriarcado.

Porém, somente por volta de 1912, o movimento começou a tomar um rumo, parecido com o que temos hoje. Com a luta das mulheres inglesas, pelo direito ao voto; movimento que impactou o mundo, e fez com que, lentamente, diversos países começassem a aderir o mesmo; direito básico, que não é completamente garantido, já que diversas culturas nem sequer garantem tais direitos.

Porém só em 1960, o movimento começou a ganhar ainda mais força, no berço da desigualdade, os EUA; quando as mulheres, passaram a garantir avanços reais para si próprias, como o direito ao trabalho, direito à ocupar cargos públicos, direito de usar as roupas que querem e uma outra série de transformações, que impactaram a sociedade como um todo.

O principal argumento liberal, é que as mulheres feministas, tem como foco a "Libertinagem e destruição da família". Sendo que dentro do feminismo, existem vertentes, e dentro dessas vertentes, existem grupos de atuação que lutam por suas áreas; sendo que o mais importante, é o direito de escolha sobre seu corpo e seu próprio futuro. Sendo assim, ter espaço na sociedade, que não garantam uma forma de vida, somente até a maternidade, mas também durante ela; o feminismo se une, em prol das mulheres, afim de dar dignidade e formas de sobrevivência, para as mesmas, mães ou não, dessas famílias, que os ditos "Liberais antifeministas" esquecem de defender.

A revolução anda de mãos dadas com o feminismo, pois é completamente plausível, que na luta por uma mudança social, afim de socializar o individuo, possamos enxergar a mulher como parte da sociedade, e não só como um produto, que gera vida. Sendo assim, o feminismo é extremamente importante para toda a sociedade; já que o entendimento do papel da mulher, como individuo e não produto, também gera o entendimento nas classes minoritárias, de que elas assim se encontram, por falta de garantias do que já está previsto em lei, e falta de politicas públicas, que gerem os direitos equidade que os movimentos defendem.

Sendo assim, é possível perceber que a luta liberal, não é contra um movimento particular, mas contra todas as formas de manifestação, em prol de equidade e liberdade social; perseguindo o movimento que vem crescendo e dando força, para muitos outros.

Libertinagem, pode parecer uma palavra bonita; mas não é com um rico conhecimento de palavras. que se manterão adestradas como gado, aquelas que clamam por liberdade; impulsionando o movimento revolucionário, em um rumo de conquistas e retomada de posse do estado, pela classe trabalhadora e pelas minorias, que são as mãos de obra que erguem o país, tiram sorrisos das famílias e movimentam a economia, gastando o suado fruto, de sua exploração.

Essa luta era inevitável, a classe dominante se antecedeu à esse combate, desde o início dos tempos, quando determinou que quase todo o corpo feminino, entravam na classe biológica de "parte intimas"; tornando quase impossível, que as mulheres tenham refúgio em dias quentes. Além que ter definido, por meio de movimentos religiosos e por instrumentos de governo, um papel de "dona de casa", para a mulher, transformando a mesma, em um grande órgão reprodutor, ou, uma grande maquina de prazer.

Mas prevendo que a sociedade condenaria as mulheres, por exigirem seus direitos, Simone de Beauvoir, deixa uma importante frase, que resume bem, o que é ser feminista: "Não se nasce mulher, tornasse mulher".